
-
Os últimos dias do papa Francisco
-
Rússia retoma bombardeios após trégua de Páscoa
-
Leverkusen admite 'acordo' com Xabi Alonso caso receba proposta de ex-clube
-
San Lorenzo se despede de papa Francisco, seu torcedor mais ilustre
-
Futebol, a grande paixão do papa Francisco
-
Francisco, um papa na era das redes sociais e da IA
-
As viagens do papa Francisco na América Latina
-
Governo mexicano pede retirada de anúncio dos EUA contra a migração na TV
-
Bach lembra que papa Francisco o inspirou a criar a equipe de refugiados nos Jogos Olímpicos
-
Líderes mundiais rendem homenagem ao falecido papa Francisco
-
Veja quem são os cardeais mais destacados para o conclave que elegerá o próximo papa
-
O que faz o papa?
-
As principais medidas adotadas pelo papa Francisco
-
Francisco, alvo de oposição ferrenha dentro da Igreja
-
As frases do papa Francisco
-
Carnaval afro-brasileiro celebra laços culturais na Nigéria
-
Argentinos lamentam a morte do papa
-
Abusos sexuais no clero: o desafio mais espinhoso do papa Francisco
-
O que acontece após a morte do papa Francisco?
-
Ostapenko vence Sabalenka e conquista WTA 500 de Stuttgart
-
Zverev ultrapassa Alcaraz e é 2º no ranking da ATP
-
Flores, futebol e favelas: as marcas do papa Francisco em Buenos Aires
-
Dez momentos importantes do papado de Francisco
-
A Basílica de Santa Maria Maggiore, a última morada do papa no centro de Roma
-
Francisco, um papa reformista que ouviu os marginalizados
-
Estupor e devoção na Praça de São Pedro: 'um grande papa' se foi
-
Os 100 dias de um chefe da Casa Branca que governa 'por instinto'
-
Datas importantes na vida do papa Francisco
-
Papa Francisco morre aos 88 anos
-
Saint-Étienne vence Lyon (2-1) em dérbi marcado por paralisação de 45 minutos
-
Real Madrid vence Athletic Bilbao (1-0) no fim e segue vivo no Espanhol
-
Leverkusen empata com St Pauli (1-1) e praticamente dá adeus ao título do Alemão
-
Igreja Católica pede que El Salvador não vire uma prisão como Guantánamo
-
Oscar Piastri (McLaren) vence GP da Arábia Saudita de F1; Bortoleto é 18º
-
Inter perde para Bologna no fim (1-0) e luta pelo título da Serie A fica mais acirrada
-
Oscar Piastri (McLaren) vence GP da Arábia Saudita de F1
-
Exército israelense admite 'erro' após morte de socorristas em Gaza
-
Liverpool rebaixa Leicester (1-0) e fica a um passo do título da Premier League
-
Zverev comemora seu aniversário com título do ATP 500 de Munique
-
Rune vence Alcaraz e conquista ATP 500 de Barcelona
-
OMS alerta para efeitos dos cortes de fundos dos EUA em áreas de conflito
-
Sabalenka chega à sua 4ª final em Stuttgart e disputará título com Ostapenko
-
Presidente argentino volta a atacar a imprensa
-
Exército israelense descarta 'execução' de socorristas palestinos em Gaza
-
'Starter packs' e desenhos inspirados no Ghibli: imagens geradas por IA inundam as redes
-
Juiz da Suprema Corte americana critica bloqueio de deportação de venezuelanos
-
Rússia e Ucrânia trocam acusações sobre violação da trégua de Páscoa
-
Papa Francisco recebe o vice-presidente americano JD Vance no Vaticano
-
Papa Francisco deseja 'Feliz Páscoa' aos fiéis na Praça São Pedro
-
Israel mobiliza tecnologia de ponta na guerra em Gaza

Carnaval afro-brasileiro celebra laços culturais na Nigéria
Milhares de jovens e idosos descendentes de antigos escravizados desfilaram em trajes elaborados e coloridos em Lagos, a maior cidade da Nigéria, no domingo (20), para manter viva sua herança e celebrar a história afro-brasileira da cidade.
A vitalidade, as cores e o ritmo lembravam o carnaval do Rio de Janeiro, embora em menor escala e do outro lado do oceano Atlântico.
Após a abolição da escravidão no Brasil, alguns dos escravizados retornaram para a África Ocidental e se estabeleceram em vários países, incluindo Nigéria e Serra Leoa.
Levaram consigo a cultura latino-americana, com suas danças, comidas, religiões e cores, que ainda sobrevivem em alguns cantos da grande cidade de Lagos.
No carnaval de Fanti, no domingo, uma mulher, com um vestido verde e amarelo e um cocar amarelo, dançava ao som de tambores e trombetas, às vezes abraçando um homem que andava sobre pernas de pau.
Logo atrás, um grupo de jovens usando máscaras coloridas e calças e jaquetas amarelas e vermelhas se preparavam para a "dança do dragão". Os longos dragões de borracha, semelhantes aos usados nas celebrações do Ano Novo chinês, seguiam o tema verde e amarelo.
"Queremos manter (a nossa herança) viva, muito colorida (...), amamos as cores", disse Onabolu Abiola, um professor aposentado de artes de 67 anos, vestido com o amarelo e o verde da bandeira brasileira.
"Durante esse período, não nos preocupamos com a situação econômica nem nada. Todos se reúnem para se divertir", disse o homem de barba grisalha, que começou uma dança improvisada ao som da música tradicional iorubá nigeriana e dos tambores que tocavam ao fundo, enquanto os colegas se preparavam para suas apresentações.
- "História de esperança" -
Mayegun Musiliu, de 50 anos, usava um traje vermelho intenso enquanto caminhava com seus companheiros.
"Estamos aqui para mostrar a cultura, estamos aqui para fazer história. Celebrar a cultura é importante", disse. "É assim que a mantemos".
O Brasil foi o último lugar nas Américas a abolir a escravidão, encerrando formalmente a prática em 1888. Muitos escravizados foram forçados a adotar nomes portugueses.
É comum na Nigéria hoje encontrar pessoas com nomes de etnia iorubá e sobrenomes portugueses, como Aduke Gomez, um advogado e historiador de 62 anos.
"A história dos afro-brasileiros é uma história de tragédia, mas também de esperança, de resiliência", declarou ele enquanto uma música alta tocava, quase abafando suas palavras.
"Pessoalmente, tenho muito orgulho de ser descendente de afro-brasileiros. (...) Quando voltaram, não tinham nada. Trabalharam, se formaram e deram uma contribuição positiva" para o país, explicou.
O carnaval "não é apenas um dia, é um legado tangível do que meus ancestrais vivenciaram", acrescentou.
Joke Silva, uma conhecida cineasta e atriz de 64 anos, lembra como seus pais sempre a levavam ao festival Fanti quando ela era criança. Ela continuou com a tradição e trouxe seus filhos.
"Precisamos questionar mais sobre como o trauma (da escravidão) moldou quem somos hoje, mas isso não significa reivindicar a vitimização", disse ela.
Para muitos nigerianos, o carnaval representa uma parte às vezes esquecida da história do país, embora alguns tentem mudar isso.
Kelenchi Anabaraonye, de 27 anos, lembra-se de ter colegas de escola com sobrenomes portugueses quando era mais jovem.
"Eu tinha amigos chamados Pionero, Pereira, Da Silva, Gomez. Na época, achei que eles estavam brincando com os nomes. Por que eles tinham um primeiro nome iorubá e um sobrenome estrangeiro? Eu não sabia que havia alguma conexão histórica", explicou Anabaraonye, que organizou uma exposição sobre a história do festival.
R.Buehler--VB