
-
Ataque a tiros deixa três mortos na cidade sueca de Uppsala
-
Novak Djokovic desiste de disputar Masters 1000 de Roma
-
Brics rejeita 'ressurgência do protecionismo comercial'
-
Lesionado, lateral Mendy vai desfalcar Real Madrid por várias semanas
-
Cepal reduz estimativa de crescimento da América Latina em 2025 por guerra tarifária
-
Petro denuncia 'plano' que matou 27 militares e policiais na Colômbia
-
Histórico opositor José Daniel Ferrer volta a ser detido em Cuba
-
Cerúndolo elimina Zverev nas oitavas do Masters 1000 de Madri
-
São Paulo, uma megalópole em caos devido às tempestades da mudança climática
-
França aprova lei para reforçar combate ao tráfico de drogas
-
Índia dá ao seu exército 'liberdade' operacional para responder ao ataque na Caxemira
-
Primeiro-ministro Carney reconhece que grandes desafios o aguardam no Canadá
-
Rüdiger vai perder restante da temporada após cirurgia no joelho
-
Cuba revoga liberdade condicional do dissidente José Daniel Ferrer
-
Chefe do Comando Sul dos EUA e Milei reforçam laços estratégicos
-
Acusado de roubar Kim Kardashian em Paris em 2016 diz que se arrepende de assalto
-
Swiatek sofre mas vence Shnaider e vai às quartas do WTA 1000 de Madri
-
Confrontos religiosos deixam 14 mortos na Síria
-
Liberais vencem legislativas no Canadá com a promessa de derrotar Trump
-
Grande campanha de reforma da Torre Eiffel está perto do fim
-
Mineradora canadense apresenta aos EUA primeiro pedido de exploração em alto-mar
-
Videogame tira proveito do frisson mundial sobre eleição do futuro papa
-
Em 100 dias, Trump mergulha EUA e o mundo na ansiedade
-
Medo toma conta de migrantes haitianas grávidas na República Dominicana
-
Veja o que se sabe sobre o apagão que deixou Espanha e Portugal às escuras
-
Anistia Internacional denuncia um 'genocídio ao vivo' em Gaza
-
Bebês retirados do Vietnã durante a guerra buscam suas mães 50 anos depois
-
Governo e Justiça da Espanha investigarão as causas do apagão massivo
-
Conclave perde dois cardeais por motivos de saúde e terá 133 eleitores
-
Incêndio em restaurante na China deixa 22 mortos
-
Chile desenvolve arroz resistente capaz de se adaptar às mudanças climáticas
-
Françoise Bettencourt Meyers deixa seu cargo à frente da L'Oréal
-
Trump destaca 100 dias de governo 'divertidos', mas enfrenta queda nas pesquisas
-
Séculos de patrimônio cultural destruídos pelo terremoto em Mianmar
-
Espanha e Portugal descartam ciberataque enquanto se recuperam do apagão
-
Extrema direita britânica põe à prova governo trabalhista em eleições locais
-
Incêndio 'controlado' três dias após explosão mortal em porto iraniano
-
Congresso dos EUA aprova lei que proíbe 'pornografia de vingança' e a envia a Trump
-
Holofotes apontados para os cardeais antes do conclave
-
Espanha e Portugal retornam progressivamente à normalidade após apagão
-
'Decidi obedecer', diz cardeal condenado após desistir do conclave
-
Oposição vence eleições em Trinidad e Tobago e Persad-Bissessar retorna ao poder
-
Espanha e Portugal anunciam retorno da energia elétrica após apagão
-
Liberais vencem eleições no Canadá marcadas por ameaças de Trump
-
Trump toma medidas contra 'cidades-santuário' dos EUA
-
Procurador acusa Wikipédia de permitir manipulação de informação
-
Urnas começam a ser fechadas no Canadá em pleito marcado por ameaças de Trump
-
Venezuela acusa EUA de sequestrar criança durante deportação
-
França diz na ONU que não hesitará a retomar sanções contra Irã por programa nuclear
-
Esquerda proclama candidatura de Arce à reeleição na Bolívia

Bebês retirados do Vietnã durante a guerra buscam suas mães 50 anos depois
Cinquenta anos após a evacuação caótica de Saigon nos últimos dias da Guerra do Vietnã, milhares daqueles que eram bebês ou crianças pequenas retornaram ao país na esperança de encontrar suas mães biológicas.
Durante os caóticos dias finais da Guerra do Vietnã, os americanos deslocaram mais de 3.000 crianças, que mais tarde foram adotadas na América do Norte, Europa ou Austrália.
A operação foi muito criticada na época, porque alguns dos deslocados não eram órfãos e tinham sido separados de suas famílias pela guerra ou em uma tentativa de seus pais de salvá-los.
Odile Dussart era uma dessas crianças. Terminou sendo adotada por um casal francês e cresceu no norte da França.
Agora, aos 51 anos, esta ex-advogada, que tinha 11 meses quando foi deslocada, voltou a viver na terra dos seus antepassados na esperança de descobrir suas origens.
"Só quero saber se minha mãe biológica está viva ou morta. Quero conhecer sua história", explicou à AFP, de sua casa em Hoi An, no centro do Vietnã, com vista para os campos de arroz.
"Talvez seja impossível encontrá-la. Mas não perco as esperanças", disse Bui Thi Thanh Khiet, seu nome vietnamita.
O Vietnã comemora com grande solenidade, nesta quarta-feira (30), o 50º aniversário da queda de Saigon (atualmente cidade de Ho Chi Minh), que marcou a vitória do norte comunista sobre o sul pró-americano.
Alguns eram filhos de soldados americanos, outros estavam em orfanatos e hospitais.
A operação começou com uma catástrofe: 4 de abril de 1975, um Lockheed C-5 Galaxy, o primeiro voo de evacuação organizado pelos Estados Unidos, caiu poucos minutos após a decolagem, com 314 passageiros a bordo; 138 pessoas morreram, incluindo 78 crianças.
Odile Dussart é uma dos 176 sobreviventes daquele acidente. "Eu tinha hematomas nas costas, pescoço e cabeça. Estava muito fraca e desidratada. Aos 11 meses, pesava como um bebê de seis", disse.
- "Minha alma é vietnamita" -
No entanto, ela não se considera vítima daquele acidente, do qual não tem lembranças. "Sem imagem, sem som, sem cheiro".
"As pessoas que morreram no acidente, os militares que sofrem de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), as famílias dos militares que perderam membros no acidente e os pais estavam esperando um bebê e receberam apenas cadáveres... Eles são as vítimas, não eu", afirma.
James Ross Tung Dudas, que tinha três anos quando chegou aos Estados Unidos, no segundo voo da operação, disse à AFP que passou anos procurando sua mãe biológica, até agora sem sucesso.
Este mês, ele viajou para Vun Tau, perto da cidade de Ho Chi Minh, para coletar informações sobre uma mulher que ele acredita ser sua mãe, à espera do resultado dos testes de DNA.
"Seria bom saber quem eu sou e de onde eu venho exatamente", disse esse homem de 53 anos, nascido com o nome de Hoang Thanh Tung.
"Sou majoritariamente americano. Mas meu coração me diz que ainda sou vietnamita", ele explica por telefone, de Nova Jersey, onde cresceu.
Tanto ele quanto Odile Dussart cresceram como minorias em comunidades predominantemente brancas.
"Durante toda a minha vida na França, os franceses me consideraram asiática, não francesa, por causa da minha aparência", explica Dussart.
"Meu princípio de vida é francês. Mas acho que minha alma é vietnamita", afirma, mostrando o certificado de nacionalidade vietnamita, que obteve em maio.
Dudas trabalha na indústria têxtil, enquanto Dussart era advogada na cidade de Saint-Raphael, na costa francesa do Mediterrâneo, antes de retornar ao Vietnã.
"Estou agradecida por estar viva", disse Dussart. "E sou grata aos pilotos e militares que arriscaram suas vidas para salvar a minha".
C.Kreuzer--VB