Volkswacht Bodensee - Rússia acusa serviços secretos da Ucrânia de envolvimento em assassinato de general russo

Rússia acusa serviços secretos da Ucrânia de envolvimento em assassinato de general russo
Rússia acusa serviços secretos da Ucrânia de envolvimento em assassinato de general russo / foto: © AFP

Rússia acusa serviços secretos da Ucrânia de envolvimento em assassinato de general russo

A Rússia acusou, nesta sexta-feira (25), a Ucrânia de estar por trás da explosão de um carro-bomba perto de Moscou que matou um general russo, em um ataque semelhante a outros ocorridos anteriormente e reivindicados por Kiev.

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De acordo com as autoridades, a vítima é o general Yaroslav Moskalik, chefe-adjunto da Direção-Geral Operacional do Estado-Maior das forças armadas russas, responsável pelas operações do exército.

O Comitê de Investigação da Rússia indicou que abriu uma investigação por assassinato depois que um Volkswagen Golf explodiu nas imediações de um bloco residencial na localidade de Balashikha, a leste de Moscou. Segundo testemunhas, a explosão ocorreu por volta das 10h45 (4h45 em Brasília).

"Nosso militar foi abatido em um ataque terrorista", declarou a porta-voz da chancelaria russa, Maria Zakharova. Até o momento, os investigadores não confirmaram esta informação.

"Há razões para acreditar que os serviços secretos ucranianos estão envolvidos neste assassinato", acrescentou posteriormente.

O dirigente da região de Ossétia do Norte, no Cáucaso, Sergey Menyaylo, também declarou à agência Ria Novosti que a Ucrânia poderia estar por trás do ataque. "O inimigo não engole pessoas como Yaroslav", comentou.

A Ucrânia ainda não fez comentários sobre o assunto.

No local dos fatos, restaram os destroços carbonizados de um carro branco com a parte dianteira arrancada, segundo imagens divulgadas pelo Comitê de Investigação. A polícia isolou a área e levou em uma ambulância um corpo em um saco plástico preto, observou um jornalista da AFP.

O atentado é semelhante aos ataques reivindicados no passado por Kiev contra figuras relacionadas à ofensiva que a Rússia lançou contra a ex-república soviética há mais de três anos.

Segundo o site investigativo Agentstvo, que citou informações vazadas, Moskalik vivia em Balashikha, mas o veículo que explodiu não estava registrado em seu nome.

Ele havia representado o exército russo, de acordo com o site do Kremlin, nas negociações para um cessar-fogo com a Ucrânia em 2015, no conflito entre Kiev e os separatistas apoiados por Moscou.

Moskalik tinha 59 anos, informou a agência Tass.

H.Gerber--VB