
-
A ofensiva de Trump contra a imprensa tradicional em seus primeiros 100 dias no poder
-
Economia global crescerá 2,8%, pressionada pelas tarifas de Trump, prevê o FMI
-
Presidência de Trump desafia o Estado de Direito nos EUA
-
Kremlin faz alerta contra precipitação nas negociações sobre a Ucrânia
-
Mais golpes, menos pinhatas: tarifas de Trump abalam microempresários dos EUA
-
Conclave, um processo de votação meticuloso
-
O que se sabe sobre a morte do papa, seu funeral e conclave
-
Pianista Igor Levit fará apresentação de mais de 16 horas em Londres
-
Vaticano, o menor Estado do mundo
-
Salão do Automóvel de Xangai exibe concorrência no setor de carros elétricos
-
Funeral do papa Francisco acontecerá no sábado
-
Ouro tem cotação recorde e supera 3.500 dólares
-
O vocabulário da eleição do novo papa
-
Tarifas alfandegárias de Trump incendeiam as relações EUA-China
-
Vaticano publica primeiras imagens do papa Francisco no caixão
-
Lula, Messi e fiéis de toda a América Latina lamentam a morte de Francisco
-
Argentina relembra passado de Francisco, do menino travesso ao homem simples
-
Lula exalta 'coragem' do papa Francisco ao abordar causa climática
-
Mexicanos homenageiam Francisco na Basílica de Guadalupe, seu lugar 'favorito' no país
-
Primeiro destino de seu papado, Brasil relembra Francisco com emoção
-
Legisladores dos EUA seguirão lutando por volta de salvadorenho deportado por engano
-
Academia muda regras e obrigará votantes a ver filmes indicados ao Oscar
-
'Não sinto falta do tênis', afirma Rafael Nadal
-
Nottingham Forest vence Tottenham (2-1) e segue firme na luta por vaga na Champions
-
Universidade de Harvard processa governo Trump por cortes no financiamento
-
Google volta aos tribunais para tentar evitar sua divisão
-
Flamengo tem equatoriano Plata como destaque contra LDU em Quito pela Libertadores
-
Rebeca Andrade vence categoria do Prêmio Laureus; Duplantis, Biles e Yamal também brilham
-
Governo mexicano pede retirada de anúncio dos EUA contra migração na TV
-
O mundo de luto pela morte do papa Francisco
-
Leeds e Burnley conquistam acesso à Premier League
-
Liverpool pode conquistar Premier League na quarta-feira sem precisar jogar
-
Trump, o presidente 'não cristão' aos olhos do papa Francisco
-
'Conclave', 'Dois Papas', 'Amém': quando o Vaticano inspira o cinema
-
Papa Francisco, um ativista da luta contra as mudanças climáticas
-
Messi se despede do papa Francisco: 'Distinto, próximo, argentino...'
-
Os últimos dias do papa Francisco
-
Rússia retoma bombardeios após trégua de Páscoa
-
Leverkusen admite 'acordo' com Xabi Alonso caso receba proposta de ex-clube
-
San Lorenzo se despede de papa Francisco, seu torcedor mais ilustre
-
Futebol, a grande paixão do papa Francisco
-
Francisco, um papa na era das redes sociais e da IA
-
As viagens do papa Francisco na América Latina
-
Governo mexicano pede retirada de anúncio dos EUA contra a migração na TV
-
Bach lembra que papa Francisco o inspirou a criar a equipe de refugiados nos Jogos Olímpicos
-
Líderes mundiais rendem homenagem ao falecido papa Francisco
-
Veja quem são os cardeais mais destacados para o conclave que elegerá o próximo papa
-
O que faz o papa?
-
As principais medidas adotadas pelo papa Francisco
-
Francisco, alvo de oposição ferrenha dentro da Igreja

Torcedores de futebol, a inesperada oposição às reformas de Milei na Argentina
Torcedores de futebol que marcharam ao lado de aposentados contra a reforma tributária de Javier Milei na Argentina foram acusados pelo governo de serem "desestabilizadores". No entanto, em questão de dias, a aliança inédita se tornou um catalisador para o descontentamento social.
As imagens da última quarta-feira em Buenos Aires correram o mundo: torcedores de clubes rivais, em um país onde as partidas são disputadas sem público visitante há anos, se uniram em um protesto que terminou em incidentes violentos com a polícia.
O governo afirmou que os tumultos buscavam "algum tipo de tentativa de golpe". Foi assim que justificou a dura repressão que deixou dezenas de feridos, sendo o caso mais grave o de um fotojornalista com traumatismo craniano causado por um uma bomba de gás lacrimogêneo.
A convocação sem precedentes e seu resultado violento são interpretados de formas polarizadas.
Para alguns, os torcedores deixaram de lado a rivalidade para defender "os avós", sistematicamente reprimidos durante os protestos às quartas-feiras para exigir o reajuste de suas aposentadorias desvalorizadas.
Para outros, os tumultos foram obra de 'barrabravas' (torcedores violentos) e "grupos de esquerda violentos", como disse a ministra da Segurança, Patricia Bullrich.
Quase 100 detidos, nenhum 'barrabrava', foram libertados horas depois por falta de provas, segundo uma juíza que o governo acusou de "prevaricação" e "acobertamento". Outros 26 detidos "tinham antecedentes", segundo Bullrich.
- "Estaremos de novo" -
O aviso de que seriam impedidos de entrar nos estádios caso fossem presos por tumulto não dissuadiu os torcedores, que mais uma vez se organizaram pelas redes sociais para se manifestar na próxima quarta-feira.
"Se planejam redobrar a repressão, teremos que triplicar a participação. Nós, torcedores, estaremos de volta na quarta-feira, junto com os aposentados", disse à AFP Fernando Vivas, de 55 anos, e torcedor do popular Boca Juniors. Ele marchou ao lado de torcedores de cerca de 30 clubes.
"Temos o direito de protestar pelas causas que acreditamos serem justas", acrescentou.
A convocação começou há várias semanas, quando um aposentado vestindo uma camisa do clube Chacarita foi atacado com gás lacrimogêneo pela polícia durante a passeata habitual diante do Congresso.
Claudio Godoy, um professor de 64 anos que participou da passeata como torcedor do Racing Club, explicou que "quem vai aos estádios conhece a tradição visceral do futebol, não tem medo da polícia e está acostumado a situações de violência".
O protesto do futebol teve "uma dose de espontaneidade", mas também de "oportunidade política", o que permitiu que a causa dos aposentados fosse colocada na agenda, disse à AFP Iván Schuliaquer, cientista político da Universidade Nacional de San Martín.
Além disso, "embora não tenha sido a mais numerosa das marchas contra o governo, foi a mais importante porque foi a mais violentamente reprimida", declarou Sergio Morresi, doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo.
- Imagem no exterior -
Para Diego Murzi, doutor em Ciências Sociais, a marcha "não teria tanta relevância se não fosse pelo papel central desempenhado pelo futebol".
"A crise de representatividade no espaço da oposição é tão grande que qualquer faísca coletiva acende o fogo", disse ele, explicando que os clubes são uma caixa de ressonância para a vida política.
Após os tumultos, Milei defendeu as forças de segurança: "Os bons são os de azul" (a polícia) e os maus são aqueles que "queimam carros e ameaçam todo mundo porque não querem perder seus 'curros' (benesses do Estado)", afirmou.
Para Morresi, "a realização de uma marcha veemente e uma repressão selvagem beneficiam incrivelmente ambos os lados, porque a oposição se sente fortalecida e vitimizada, e aqueles que apoiam o governo veem a repressão, mesmo excessiva, como algo não apenas a ser tolerado, mas a ser encorajado".
Mas o que aconteceu "não foi nada bom para o governo", alertou Morresi, porque "mancha sua imagem no exterior" em um momento em que o governo negocia, por exemplo, um novo empréstimo com o FMI para reconstruir suas baixas reservas.
Morresi lembrou que grande parte do apoio a Milei se baseia em seu sucesso em estabilizar a macroeconomia e reduzir a inflação (de 211% em 2023 para 118% no ano seguinte). Mas essa estabilidade "está vinculada ao rápido fechamento do acordo com o FMI", disse.
O.Schlaepfer--VB