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Francisco, alvo de oposição ferrenha dentro da Igreja
O papa Francisco, que faleceu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, suscitou fervor e críticas ferrenhas dentro da Igreja por suas reformas que pretendiam abrir as portas de uma instituição milenar aos fiéis de hoje em dia.
A seguir, uma lista dos principais temas de confronto dos ultraconservadores da Igreja Católica com o pontífice.
- Missa em latim
Em 2021, Francisco assinou um decreto, "Traditionis Custodes", que limitou drasticamente o uso da missa em latim, revogando um documento mais flexível emitido por seu antecessor, Bento, XVI em 2007.
A decisão provocou incompreensão e raiva entre parte do clero e os católicos apegados à chamada missa "tridentina", e alguns acusaram o papa de impedir que praticassem a sua fé.
Entre os católicos de extrema direita, o papa argentino também foi criticado por seus apelos a favor dos imigrantes, já que alguns temem a perda da identidade do que consideram a Europa cristã.
- Cardeais "traidores"
O papa Francisco provocou a ira de alguns cardeais, que seriam em tese seus colaboradores mais próximos, mas também os que ocupam os postos mais importantes depois dele na hierarquia eclesiástica.
Em 2017, o jesuíta argentino aproveitou a mensagem de felicitação de Natal à Cúria para repreender, sem citar nomes, os "traidores" que prejudicavam sua reforma das instituições.
Em janeiro de 2023, após a morte do polêmico cardeal australiano George Pell, um jornalista italiano revelou que este havia escrito uma nota anônima que atacava frontalmente Jorge Bergoglio.
Pell, que foi um conselheiro próximo de Francisco, destacou no texto o pontificado "desastroso em vários aspectos" e apontou o que considerava "graves fracassos" de sua diplomacia, enfraquecida pela guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.
Também em janeiro de 2023, o cardeal conservador alemão Gerhard Müller, ex-prefeito da poderosa Congregação para a Doutrina da Fé, publicou um livro em que apresentou um ataque violento contra a gestão de Francisco, denunciando a influência de uma "camarilha" ao seu redor e expressando preocupação com sua "confusão doutrinária".
Alguns meses depois, antes da abertura do Sínodo sobre o futuro da Igreja, cinco cardeais conservadores expressaram publicamente suas "dúvidas ao papa, temendo uma mudança de doutrina sobre a homossexualidade ou a ordenação de mulheres.
- Ajuste de contas após a morte de Bento XVI
Após a morte do papa emérito Bento XVI em 31 de dezembro de 2022, seu secretário particular, monsenhor Georg Gänswein, repreendeu o papa argentino ao afirmar que este "partiu o coração" de seu antecessor ao limitar a celebração da missa em latim.
Em resposta, Francisco lamentou que a morte de Bento XVI fosse "instrumentalizada" por "pessoas sem ética que agem com fins partidários".
- Bispos excluídos
Em novembro de 2023, o papa destituiu o bispo americano Joseph Strickland, uma decisão incomum. Este conservador, um dos inimigos mais ferrenhos do papa, havia criticado sua postura branda a respeito do aborto e sua indulgência com os homossexuais e os divorciados.
Em julho de 2024, o bispo ultraconservador italiano Carlo Maria Vigano, de 83 anos, conhecido por suas críticas severas ao pontificado, foi excomungado por rejeitar a autoridade do chefe da Igreja Católica.
O eminente prelado tradicionalista, que foi embaixador da Santa Sé nos Estados Unidos, pró-Trump e antivacina, havia acusado Francisco de "heresia" e de comportamento "tirânico".
- LGBTQIA+: a bomba "Fiducia supplicans"
Em dezembro de 2023, o Vaticano publicou um documento chamado "Fiducia supplicans" ("Confiança suplicante"), que abriu caminho para a bênção de casais do mesmo sexo, o que provocou indignação no mundo conservador, em particular na África e nos Estados Unidos.
A onda de críticas obrigou o Vaticano a "esclarecer" sua posição e defender-se de qualquer erro doutrinal, ao mesmo tempo que reconheceu que sua aplicação seria "imprudente" em certos países onde a homossexualidade é proibida.
"Em sua oposição à bênção para casais do mesmo sexo, os episcopados africanos criticam o que chamam de decadência moral europeia ou catolicismo europeu. Incluem nisso o papa", explicou à AFP François Mabille, diretor do Observatório Geopolítico da Religião no Instituto de Relações Internacionais e Estratégicas (IRIS) de Paris.
D.Schlegel--VB